sábado, 5 de outubro de 2019










Depois de uma Constelação Familiar


Durante os dias seguintes à sua constelação, você estará em um período de sensibilidade e emotividade intensificadas, com a memória e o inconsciente muito abertos, como se você estivesse energizado ou em um estado alterado de consciência. Por esse motivo, é muito aconselhável, durante estes dias, uma terapia energética (crânio-sacral, acupuntura, polaridade etc.), pois os efeitos da constelação e dessa terapia se potencializarão mutuamente.
Depois, durante várias semanas, inclusive vários meses e, em alguns casos, anos, você continuará processando a informação recebida no dia da sua constelação. Nesse período irão ser elaboradas as mudanças sistêmicas e energéticas que irão ocupar um lugar em você, em outros membros da sua família e nas pessoas que estão em ressonância com você. São mudanças muito profundas e sutis: mudanças de crenças, mudanças de energia, mudanças de "roteiro", que implicam que você irá deixar várias compensações às quais tem muito apego, que irão lhe chegar novos objetivos.
Algumas pessoas se sentem mexidas, estranhas, durante uns dias. Assim como depois de qualquer psicoterapia, atravessa a fase de mudanças com ilusão, curiosidade, paciência, senso de humor. Irá descobrir, depois, às vezes logo em seguida, que se sente fluir de um modo novo, cheio de energia e de amor por si mesmo e pelos demais.
Às vezes se produz uma resolução fisicamente dolorosa, como dores, gripe, cansaço. Cuide-se, são etapas normais de "desintoxicação".
Não tome decisões precipitadas; você gastaria em vão a energia que, pouco a pouco, vai se apropriar. As decisões virão sozinhas!
Posteriormente você irá perceber que empreendeu um giro em sua vida e que este giro fluiu sozinho, porque você já está totalmente no aqui e agora, aproveitando e desfrutando do que lhe cabe, usufruindo ao máximo de suas possibilidades. Que flua, não significa que vem sozinho; vem graças à sua entrega, ao seu novo respeito pelo sistêmico e pela vida tal como ela é, à sua tomada de consciência, à sua decisão de assumir suas responsabilidades.
A constelação continua agindo durante um tempo; é necessário dar-lhe seu espaço. E não existe regra para saber quando constelar de novo.
Os sistemas aos quais pertencemos irão enviar sinais na forma de nova dificuldade quando eles precisarem que voltemos a constelar; e, às vezes, isso acontece muito rápido. Pense que não há regra! Seu corpo, suas emoções, sua vida, irão lhe dizer quando. Alguns irão sentir a necessidade de trabalhar sistemicamente diferentes aspectos de sua vida que irão surgindo no cotidiano, e aprenderão a fazer isso sozinhos, tornando-se cada vez mais autônomos.
Enquanto isso, participar da constelação de outras pessoas é muito recomendável, sempre que você o sinta, que lhe dê vontade. Possibilita novas tomadas de consciência, novas liberações e reforço do processo iniciado.
Com o tempo, nos momentos de stress, é possível que você observe novamente reações ou sintomas que a constelação fez desaparecer. Aparecem novas camadas da cebola, mas agora você tem mais experiência; o que ainda não está liberado totalmente volta a se manifestar para uma nova tomada de consciência.
Também tenha em conta que a constelação interrompe o "motor" sistêmico, a origem de nossos problemas, e nos permite viver na energia criativa, mas o cérebro tem gravado estes velhos problemas e, em momentos de cansaço ou dor psíquica, o mesmo cérebro, buscando a economia energética, recorre ao velho conhecido, embora com menos força, mesmo que já não tenha sentido... Então, nos cabe um trabalho de purificação e aceitar-nos como somos... Também nos daremos conta que os apoios terapêuticos periódicos de todo tipo são úteis para "desgravar-nos" e manter-nos energeticamente fluidos.
Desde que Hellinger se aproximou do amor ao espírito e de seu movimento, a compreensão das constelações tem mudado. Temos nos dado conta que o importante de uma constelação é o movimento que se coloca em curso para o cliente, não a imagem final... Inclusive uma pessoa pode esquecer completamente sua constelação, esquecer as imagens da sua constelação. O movimento interno posto em marcha dentro dessa pessoa e de seu sistema familiar não precisa dessas imagens. Somos movimento...
Tomo minha vida e meu processo com amor e admiração.
Cada um de nós está a serviço da vida,
vivendo a etapa que nos corresponde viver;
cada um de nós é como temos que ser,
todos juntos
ressoando todos com todos.
Agradeço a todos que me permitiram chegar onde estou,
agora sei que tudo o fizeram por amor.
Agradeço a oportunidade de devolver sua dignidade
e seu lugar às pessoas não honradas.
Alegro-me pelo patrimônio de humanidade
que estou entregando às gerações futuras.

Brigitte Champetier de Ribes





O Ser Integral Constelação Familiar &Terapias
Constelação Familiar & Terapias.

"Reconciliação significa permitir-se começar de novo. Isto implica que o anterior não será mais remexido.Ele tem que ser passado. Tem que haver um verdadeiro novo começo"

Bert Hellinger

O medo:
Existem pessoas que dizem que o oposto do amor é o medo.
O oposto do amor é a indiferença. Quando um casal chega para mim e diz que já não podem viver juntos, só olho para ver si ainda existe algum tipo de envolvimento. Se ainda sofrem muito, existe ainda envolvimento e as chances para uma reconciliação são boas. Se já não há dor, o relacionamento está terminado e predomina a indiferença
Bert Hellinger





🌻 Quero dizer mais uma coisa sobre as constelações, apenas para prevenir equívocos. As constelações são imagens, fotografias do que foi e poderia ser.
E, como as fotografias, não mostram a verdade total da situação, apenas alguns aspectos dela. São como trechos de panoramas ao longo de uma rodovia. 

Quando as pessoas tentam tomar decisões capitais com base em constelações, saem-se mal. O melhor que se tem a fazer depois de uma constelação é não fazer nada, mas apenas permitir que a nova imagem produza efeitos por si mesma. Deixemo-nos surpreender pelo que acontece.

Os sentimentos dos representantes revelam uma verdade parcial e não nos dizem necessariamente o que de fato sucedeu no passado.
Ajudam-nos a identificar as forças inconscientes que atuam no sistema e a encontrar uma solução. E o máximo que se pode esperar das constelações.
(A Simetria Oculta do Amor)


BEBÊ CHORA, O QUE A MÃE CALA.

Bebês que choram sem parar, tendo peito ilimitado, tendo mãe em tempo integral, tendo banho de ofurô, tendo música clássica tocando e ainda assim, eles choram, sem parar?
Não são eles que choram, de verdade. Quem está chorando - por dentro - é a mãe, imersa no caos do puerpério.

A mãe cala o choro e carrega a angústia que dar à luz traz: a responsabilidade eterna de cuidar de outro ser. O fim da mulher que ela era. O nascimento de uma nova mulher, completamente desconhecida. Todo o peso que pôr um filho no mundo significa. E ela cala. A dor é silenciada, porque quase ninguém compreende o peso do puerpério.
O puerpério é uma água represada, que cedo ou tarde precisa ser liberada. O bebê são as comportas abertas.

E essa água vem feito um dilúvio! E o bebê vai chorar. Vai chorar a falta de descanso da mãe. A falta de cumplicidade do marido. A avó que ou se ausenta demais ou se intromete demais. Vai chorar as dificuldades de amamentar. O medo de falhar que a mãe carrega. Vai chorar o corpo que se revela tão disforme.
Nunca se diagnosticaram tantos bebês com cólica, refluxo e alergias, como hoje. Doenças que justificam a mesma coisa: o choro que não pára. Pode ser que hoje a medicina identifique mais casos que antes passavam batidos? Pode.
Mas existe um outro lado também. Nunca a maternidade foi tão solitária como hoje.
Antes, quando a mulher dava à luz, a mãe, avó, tias, vizinhas, se encarregavam de cuidar da nova mãe. Cuidar da casa, da mulher, de ajudá-la. Hoje não.
Parimos (e re-nascemos) e estamos sozinhas.

Coloquem pra fora! Quanto mais externarem, mais seus bebês se pacificarão. E tudo fluirá no curso natural.
Se seu filho chora, olhe pra você si. Olhe para o que dói em você. Pode ser que esse movimento interno cause desconforto. Pode ser que você não consiga se reconhecer. Mas o faça ainda assim!
E chore: o sono, a dor, o parto, o medo, o amor. Tudo isso é intenso demais. Precisa ser vivido, falado e também, chorado.

Peça colo. Se entregue a abraços. Verbalize a dor. Acolha sua fragilidade.
Cuidar de si própria é a primeira forma de amar o seu filho. Só podemos cuidar do outro quando cuidamos de nós.

(Bruna Estrela)

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