sábado, 24 de agosto de 2019





Você pode não querer ter contato físico com seus genitores ou com um deles por diversos motivos, justificáveis ou não, mas é impossível fugir da realidade tal qual como ela é, ou seja, você só está VIVO por causa deles (e dos pais deles, e dos pais destes, e por aí vai).
Mas Guilherme, é possível viver bem sem querer ter proximidade com eles?
Se eu me afastar eu não vou ser uma pessoa emocionalmente fracassada, financeiramente mal-sucedida ou doente?
Sim e não, eu te respondo!
Tudo vai depender da forma como você se relaciona com eles em seu coração e não em seu ego (postura é a palavra chave).
Há pais e mães que não dão a mínima condição de convivência pacífica aos filhos, assim como o contrário também.
Nesses casos, muitas das vezes o melhor movimento é o de se retirar, com humildade, para viver o que a vida pede para ser vivido: talvez me dedicando mais à minha profissão e ao meu trabalho, ou à minha própria família atual, ou, quem sabe, a uma causa humanitária.
Mas se você os ignora fortemente ou, pior, os exclui de seu coração quase que completamente, através das mais severas críticas e julgamentos, não tem como a vida “passar a mão na sua cabeça”, por pior que eles tenham sido ou tenham feito...
Por fim, existe uma diferença bem grande entre SABER o que é certo e SENTIR o que é certo. Através da Constelação é possível sentir NO CORPO essa diferença fundamental para que, ao invés de fugir do passado, nós possamos nos reconciliar com ele.
Preciso dizer que esse é um grande passo rumo ao Mais?
Essa é a dica sistêmica de hoje.
Um abraço e tudo de bom,

~ Guilherme Fernandes





Quando a dor vem da alma...
Quando ainda era acadêmica ouvi de um professor algo que nunca esqueci "quando tudo doi a dor não é física"...
Talvez eu não tenha dimensionado naquele instante a grandeza desse diálogo.
Hoje geriatra, vivenciando diariamente a rotina dos meus pacientes, vejo o quanto esse olhar me abriu para compreender cada um que chega com dores por todo corpo; muitas vezes não sabendo nem por onde começar ou sequer explicar como acontece. Ouço com atenção às queixas de dores de cabeça, no estômago, musculares, ósseas, palpitações, náuseas, coceiras...
Depois faço apenas uma pergunta "o que está realmente acontecendo com você?" Após um minuto de hesitação e até espanto, a maioria cai num choro convulso e doloroso. Deixo o choro libertador acontecer e então no lugar das queixas álgicas ouço término de relações, perdas de pessoas queridas, problemas financeiros, medos, angústias e ansiedades... Novamente lembro-me da frase "quando tudo doi a dor não é fisica"... Não é! A dor é na alma...
Tudo que nos faz mal e guardamos, por um mecanismo de defesa, vai sair de alguma forma... muitas vezes em forma de doença! É nosso corpo físico gritando pelo resgate da nossa alma... É nosso corpo nos confrontando com nosso eu... É nosso corpo nos mostrando o que não vai bem... É nosso corpo dizendo "olhe pra você "
As vezes é difícil compreender e até acreditar nisso. Normal! Estamos tão mentais, tão obcecados pela objetividade que só mesmo adoecendo, doendo, machucando é que paramos para valorizar nossas sensações e nos perceber. ..
Ninguém gosta de sentir dor, ninguém quer adoecer, todo mundo teme se machucar...
Alertas!
Quantos alertas nosso corpo precisa nos enviar para olharmos pra ele, de verdade!
Sejamos mais atentos, gentis e cuidadosos com nosso corpo...
Sejamos mais atentos, generosos e amorosos com nossa alma...
Toda dor é real...
Toda dor é tratável...
Todo corpo deve ser templo...
Toda alma deve ser leve...
Roberta França
Medicina Geriátrica

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