domingo, 26 de agosto de 2018

Eu vejo você; Os erros são certos; Separação. Punir os pais;


Eu vejo você!
(texto de Waan Oliver)

"O ”Eu vejo você” é uma frase que se usa muito nas Constelações. É uma frase tão simples, mas tem um grau de profundidade tão grande. É algo que nos toca mesmo. Quando entendemos seu real significado, ela traz uma compreensão muito grande. E Constelação é basicamente isso: trazer compreensão.
Quantas pessoas realmente estão nos vendo de verdade? Você mesmo é capaz de se enxergar? De olhar pra você de uma forma profunda, de uma forma acolhedora e amorosa?
Costumamos olhar para nós, para a vida, para os outros muitas vezes de uma forma crítica, de uma forma negativa. O nosso olhar ainda não é um olhar limpo, claro, para ver além do que somos capazes de ver. As nossas crenças nublam muito o nosso olhar ainda, é como um filtro que é colocado na nossa visão e, a partir do que está nesse filtro, começamos a ver tudo de uma forma que pode ser boa ou não. Só que acontece que esses filtros acabam bloqueando a nossa visão, não permitindo ter uma amplitude maior, ficamos apenas na superfície dos fatos.


E o ”Eu Vejo Você”, na minha visão, tem um significado muito profundo.

Não é apenas ”Eu estou só vendo você”. É muito mais do que isso. Quando eu digo ”Eu Vejo Você”, estou dizendo que: eu estou deixando de lado o meu julgamento, os meus preconceitos para enxergar você como você realmente é, e aceito você exatamente do jeito que você é. Eu vejo você como ser humano. Eu vejo a sua luz e também a sua sombra. Eu vejo a sua alma. Eu vejo você porque eu também consigo me ver.
Será que você está realmente vendo os outros? Você realmente está vendo você? Você consegue deixar de lados os seus julgamentos, os seus preconceitos para enxergar as pessoas de verdade? Quantas crenças, bloqueios, medos, julgamentos o impedem de ver tudo como realmente é? Quantas ilusões você está alimentando como verdade?
Falar de constelação é uma coisa tão linda, tão profunda. O trabalho das Constelações é algo muito transformador. É um campo de consciência, de amorosidade. É você olhar as pessoas, a vida de uma outra forma. É trazer uma nova percepção, luz, consciência, compaixão e gratidão para nós e para todos.
Que a partir de agora possamos nos enxergar como realmente nós somos; tomando as nossas qualidades, acolhendo os nossos defeitos, assumindo a nossa luz. Que possamos nos olhar de uma forma profunda. Que através desse olhar possamos nos libertar.
E quando olharmos para o próximo que sejamos capazes de enxergá-lo de verdade, de ver a sua luz. Eu vejo vocês!"   Constelações Familiares Ana Moyá






Os erros são certos | Constelação Familiar

"No geral todos os erros são certos, pois sem eles não existe progresso. A sociedade livre de erros e o relacionamento sem erros estão no fim. Neles não existe desenvolvimento nem crescimento.
Tudo aquilo que precisa se impor, tudo aquilo que precisa superar obstáculos, aprender e exercitar, tem êxito somente através de erros.
Quem não quer cometer erros, não consegue mais agir. Quem não permite que outros cometam erros, bloqueia seu crescimento e sua habilidade de conquistar sua maestria.
Quem não permite que ninguém cometa erros e algumas vezes também não deixa que esses erros possam ficar no passado, não tem amor por ele.
Por quê?
Porque ele próprio parou de crescer. Quem exige o perfeccionismo de si mesmo e de outros, na verdade quer a morte.
No entanto outros também nos prejudicam com seus erros, algumas vezes sofremos danos físicos até perdemos a própria vida. Isso também pode acontecer através de nossos erros.
Nossos erros, seus erros e as consequências desses erros fazem parte de nosso destino e do destino deles.
Frequentemente cometemos erros que são irreversíveis ou pagamos pelos erros dos outros, que não podem ser mais reparados. Isso também faz parte do caminho rumo ao progresso do todo.
Quem perdoa facilmente ou deixa passar os erros dos outros bloqueia, da mesma forma, o seu crescimento. O outro não pode mais aprender com eles, não pode melhorar e não pode evitá-los no futuro. Isso também é válido para os nossos erros. pois só assim podemos crescer realmente através deles."
Bert Hellinger









"Um dos modos de punir os pais é manter-se sem êxito, é fracassar. Nada preocupa mais os pais que um filho fracassado, doente e infeliz. Portanto, os efeitos da reconciliação com o pai e a mãe é a saúde, felicidade e prosperidade. Reconciliar com eles não é considerar certas ou erradas suas ideias, reconciliar com eles é honrá-los.

Isso é uma experiência do coração, uma experiência sensorial, uma experiência quase que de conversão. Não os honramos por suas atitudes, nem porque se tornaram pais melhores, honramos porque eles nos entregaram a vida, e somente a honra é capaz de demonstrar gratidão para com aqueles que nos entregaram algo tão especial, essencial: a vida. Eles nos entregaram a vida, portanto, não disputamos com eles, não os confrontamos e nem os tratamos como iguais a nós, nós os honramos. Permanecemos humildes perante nossos pais, porque com todas as adversidades, eles nos entregaram a vida e não há nada maior do que isso. 

Quem honra os pais toma a benção essencial e depois toma todas as outras bênçãos. Não existe sucesso APESAR DE TUDO, só existe sucesso A PARTIR DOS PAIS."
Olinda Guedes




“Se a separação é dolorosa, há sempre a tendência a procurar alguém para incriminar. Os envolvidos tentam aliviar o peso do destino arranjando um bode expiatório. Em regra, o casamento não se desfaz porque um parceiro é culpado e o outro inocente, mas porque um deles está assoberbado por problemas de sua família de origem ou ambos caminham em direções opostas.

Se se incrimina um parceiro, cria-se a ilusão de que algo diferente poderia ter sido feito ou de que um comportamento novo resgataria o casamento. Nesse caso, a gravidade e a profundidade da situação são ignoradas, os parceiros começam a recriminar-se e a acusar-se mutuamente. A solução para combater a ilusão e a crítica destrutiva é resignar-se à forte dor provocada pelo fim do relacionamento.

Essa dor não dura muito, mas é lancinante. Se os parceiros se dispuserem a sofrer, poderão tratar do que merece ser tratado e dispor as coisas que precisam ser dispostas com lucidez, ponderação e respeito mútuo. Numa separação, a raiva e a censura em geral substituem o sofrimento e a tristeza.”



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