Na reflexão de hoje, trazemos um pouco do que ele fala sobre nosso relacionamento com nossos pais. Para ele, nós continuamos, mesmo quando adultos, levando conosco a criança que fomos e, levando também os julgamentos, as reivindicações e as acusações aos nossos pais.
Para Bert, não há como seguir na vida de forma saudável e com sucesso, se não abrimos mão disso tudo, tomando nossos pais como eles são, como pessoas bem normais, que fizeram o que foi possível. Tomar a eles e tomar a vida do jeito que foi e do jeito que chegou até nós.
Sinta o que aconteceria na alma se você imaginasse crianças dizendo para seus pais: ”Aquilo que vocês me deram, primeiramente, não foi correto, e segundo, não foi suficiente. Vocês ainda me devem.”
O que estas crianças têm de seus pais quando sentem as coisas desta forma?
Nada.
Nada.
E o que os pais têm de suas crianças?
Também nada.
Também nada.
Tais crianças não conseguem se separar de seus pais. Sua demanda e suas acusações os prendem de tal forma a seus pais que, apesar de estarem vinculados, é como se não tivessem pais.
O “não” que estas crianças dizem a seus pais, acaba sendo dito para elas mesmas, pois, todos nós somos nossos próprios pais (somos a continuação biológica deles). E então elas se sentem vazias, carentes e fracas. (Vale aqui relembrar que quando falamos crianças, podemos nos referir a pessoas de 5, 10, 15, 30, 50, 70 anos. Todos nós somos as crianças que fomos um dia, pois elas continuam a viver dentro de nós).
Esta é a segunda ordem do amor: que as crianças tomem de seus pais, aquilo que estes possam dar, da forma que vier, sem nenhuma exigência adicional, pois, o que eles deram já foi suficiente e permitiu que a vida chegasse até nós.
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