Olhar e administrar nossa vida
Já que minha profissão é a de psicólogo e terapeuta, e, portanto, a de ajudador profissional, é natural que as ideias deste livro tenham sido inspiradas naquilo que aprendi e nas compreensões que fiz ao longo da minha trajetória de trabalho com as pessoas e com os sistemas nos quais elas vivem, adoecem e saram.
É óbvio que a ajuda e o cuidado, tanto conosco como para com os outros, são necessários para a sobrevivência e o crescimento.
Sem troca, sem atritos, sem diálogo, sem carícias, sem desafios interpessoais, sem conforto e ternura, sem alimentar uns aos outros, sem trabalhar a terra e a matéria, sem serviços, sem servir e sem servirmos, não há vida nem desenvolvimento.
A ajuda faz parte do cenário da vida e garante as trocas entre o dar e o tomar, o oferecer e o receber.
A ajuda e a troca entre as pessoas, o cultivo de relações e interesses compartilhados, a entrega aos demais e à cooperação, a autonomia reconhecida juntamente com a fragilidade integrada são o tempero do cultivo do desenvolvimento, e, portanto, nutrem a tranquilidade e a alegria de nosso coração.
A ajuda serve quando se centra na boa gestão de sua própria vida.
É o plano das escolhas.
Abrem -se portas e outras se fecham. Ao tomar um caminho, desistimos de outros possíveis. Abrimos, fechamos, dizemos sim, dizemos não.
Às vezes nos equivocamos, e logo podemos retificar para acertar ou cometer erros diferentes dos anteriores.
Alguém disse: "Tomara que os erros que cometer no futuro sejam novos e não os mesmos de sempre."
(Joan Garriga - Viver na alma)
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