Constelação Familiar de Bert Hellinger
A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica criada pelo alemão Bert Hellinger a partir de muitos anos de observação de fenômenos que ocorriam em grupos terapêuticos que ele coordenava. A prática gerou a teoria, e não o inverso. O trabalho não se baseia em teorias psicológicas previamente estabelecidas. Trata-se de uma prática fenomenológica, e sua fundamentação é principalmente antropológica, filosófica e humanística.
A base conceitual desta abordagem pode ser resumida assim: Além do inconsciente individual (Freud) e do inconsciente coletivo (Jung) existe também segundo Hellinger, um inconsciente familiar compartilhado pelos membros de uma mesma família e que se transmite às gerações seguintes, e que é estruturado a partir de todos os acontecimentos que compõem a história da família (nascimentos, mortes, uniões, separações, rejeições e exclusões, sucessos, fracassos, padrões de conduta, etc...).
Este inconsciente familiar influencia de forma intensa alguns membros da família afetando significativamente suas vidas. Estes membros ficam de alguma forma identificados ou "emaranhados" a outros membros da família, freqüentemente de gerações anteriores, que foram ¨excluídos¨ ou que tiveram um percurso de vida sofrido ou um “destino” infeliz (a palavra destino tem um significado próprio na teoria de Hellinger, que não daria
para explicar aqui em poucas palavras). Algumas vezes o membro emaranhado nem sequer tem conhecimento consciente do episódio de exclusão que ocorreu com os seus familiares . Porém ele capta estas informações do inconsciente familiar e retoma/revive o “destino” desta pessoa, ou tenta compensar ou fazer o que outro familiar “deveria” ter feito. Pode acontecer ainda que ao perceber que um dos pais está emaranhado e tenta repetir o destino de alguém, um filho decide inconscientemente tomar para si esta “missão reparadora“ equivocada e, por exemplo, ele adoece ou fracassa ou deprime no lugar de seu pai ou mãe.
para explicar aqui em poucas palavras). Algumas vezes o membro emaranhado nem sequer tem conhecimento consciente do episódio de exclusão que ocorreu com os seus familiares . Porém ele capta estas informações do inconsciente familiar e retoma/revive o “destino” desta pessoa, ou tenta compensar ou fazer o que outro familiar “deveria” ter feito. Pode acontecer ainda que ao perceber que um dos pais está emaranhado e tenta repetir o destino de alguém, um filho decide inconscientemente tomar para si esta “missão reparadora“ equivocada e, por exemplo, ele adoece ou fracassa ou deprime no lugar de seu pai ou mãe.
A observação empírica destes fenômenos permitiu que fossem descobertas algumas regras ou ordens naturais que regem o inconsciente familiar e que se forem restauradas garantem o bem estar e a harmonia dos membros da família. Exemplos de algumas destas ordens: o direito à pertinência (ver reconhecido o seu lugar naquele grupo), o resgate dos impulsos primários interrompidos, a força dos laços de sangue, a ordem de precedência entre as gerações, o direito a seguir as próprias escolhas , a reverência aos mortos, o equilíbrio entre o dar e o receber, e outros.
Quando alguém monta sua constelação, escolhendo e posicionando os representantes de si próprio e de cada membro da família, ele transmite aos representantes uma imagem espacial e energética do campo relacional existente entre estas pessoas. E os representantes podem sintonizar-se ou “canalizar” os sentimentos e impulsos de cada uma destas pessoas. Este fenômeno pode ser explicado pela teoria dos campos morfogenéticos formulada por Rupert Sheldrake em seu livro “Ressonância mórfica : a presença do passado”.
Esta teoria, baseada em diversas pesquisas, indica que nossa atividade mental gera um campo energético que se estende além de nosso cérebro, no tempo e no espaço, promovendo vibrações que atuam como canais de comunicação de informações que podem ser captadas por vários indivíduos de um mesmo grupo.Isto explicaria as repercussões à distância que as constelações podem ter, até sobre membros da família que não participaram nem tiveram conhecimento do trabalho.
O trabalho é conduzido com muito poucas palavras, pois o que mais interessa é a atuação sobre o campo morfogenético da família, que o terapeuta constelador promove favorecendo o reposicionamento dos representantes e o resgate dos movimentos primários interrompidos. Por vezes o terapeuta propõe aos representantes a repetição de algumas mensagens verbais que favorecem a restauração das ordens naturais, o resgate dos impulsos primários e a reintegração de excluídos.
Numa visão mais superficial e simplista, ou para aqueles que têm dificuldade de acreditar em “fenômenos energéticos sutis”, a constelação pode ser encarada como uma sessão de psicodrama, ou uma sessão de teatro-terapêutico do tipo “teatro imagem” tal como proposto por Augusto Boal. Monta-se uma cena que representa o conflito, e a partir dela, pesquisa-se a melhor maneira de solucionar o conflito até se chegar a uma cena que represente um caminho possível de solução do conflito inicial.
Observações Importantes :- A constelação não substitui a terapia individual, ao contrário, acrescenta-se a ela contribuindo para impulsioná-la; e por outro lado se beneficia do apoio dela para elaborar o que foi constelado. - Continuo tendo a Psicoterapia Reichiana como eixo principal do meu trabalho, mas como sei que uma única abordagem não pode arcar com toda a complexidade humana, continuo procurando outros recursos terapêuticos complementares.
E dentre as outras metodologias terapêuticas que aprendi, a constelação é uma que considero muitíssimo útil, principalmente por sua rica base conceitual. - Atualmente muitos preferem o termo Constelação Sistêmica em vez de constelação familiar, pois este método pode também ser empregado em outros sistemas como empresas, escolas, etc. Tenho tido bons resultados, por exemplo, empregando-o em sessões de supervisão terapêutica.
O trabalho é conduzido com muito poucas palavras, pois o que mais interessa é a atuação sobre o campo morfogenético da família, que o terapeuta constelador promove favorecendo o reposicionamento dos representantes e o resgate dos movimentos primários interrompidos. Por vezes o terapeuta propõe aos representantes a repetição de algumas mensagens verbais que favorecem a restauração das ordens naturais, o resgate dos impulsos primários e a reintegração de excluídos.
Numa visão mais superficial e simplista, ou para aqueles que têm dificuldade de acreditar em “fenômenos energéticos sutis”, a constelação pode ser encarada como uma sessão de psicodrama, ou uma sessão de teatro-terapêutico do tipo “teatro imagem” tal como proposto por Augusto Boal. Monta-se uma cena que representa o conflito, e a partir dela, pesquisa-se a melhor maneira de solucionar o conflito até se chegar a uma cena que represente um caminho possível de solução do conflito inicial.
Observações Importantes :- A constelação não substitui a terapia individual, ao contrário, acrescenta-se a ela contribuindo para impulsioná-la; e por outro lado se beneficia do apoio dela para elaborar o que foi constelado. - Continuo tendo a Psicoterapia Reichiana como eixo principal do meu trabalho, mas como sei que uma única abordagem não pode arcar com toda a complexidade humana, continuo procurando outros recursos terapêuticos complementares.
E dentre as outras metodologias terapêuticas que aprendi, a constelação é uma que considero muitíssimo útil, principalmente por sua rica base conceitual. - Atualmente muitos preferem o termo Constelação Sistêmica em vez de constelação familiar, pois este método pode também ser empregado em outros sistemas como empresas, escolas, etc. Tenho tido bons resultados, por exemplo, empregando-o em sessões de supervisão terapêutica.
* Ernani Eduardo Trotta (crp 05/12184) é Psicoterapeuta, coordenador do Curso de Formação do “Núcleo de Psicoterapia Reichiana/RJ” e terapeuta em Constelações Familiares formado por Peter Spelter (Instituto de Filosofia Prática da Alemanha).
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http://www.latec.ufrj.br/desenvolvimentopessoal/index.php/artigos/110-constelacao-familiar.html
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