terça-feira, 21 de outubro de 2014

O Ódio - A ORDEM entre o CASAL -Hellinger

"O ódio é amor decepcionado. É, sobretudo, um sentimento infantil, contudo, não resulta sempre de uma decepção pessoal. Com freqüência, o ódio aparece quando alguém assume, inconscientemente, a decepção de um outro membro de sua família.


Por exemplo, odiamos em nome da nossa mãe quando queremos vingar uma injustiça cometida contra ela. O ódio que se manifesta, às vezes, em atos cegos de vingança é, em sua desmedida, um sentimento infantil. Porém ele é brandido como luta por uma causa justa, por exemplo, em nome do grupo ou do povo ao qual se pertence. Leva pessoas a empenhar e sacrificar a própria vida a serviço dessa vingança.


Que imagem interna nutre e atiça esse ódio? - É a imagem da mãe, a quem nossa criança diz: "Por ti farei qualquer coisa".


Como podemos lidar com essas pessoas raivosas? Como chegar a elas e levá-las à reflexão? - Amando a mãe delas e amando a imagem que elas fazem da mãe. Não precisamos dizer isso a elas. Não devemos tratá-las como crianças, embora, em seu íntimo, o sejam, mas guardamos em nós essa imagem e a respeitamos. Com isso, já não oferecemos ao seu ódio uma face agressiva.

 Abstendo-nos de tomar partido, apenas reconciliamos internamente ambos os lados, com respeito.

O que nos acontece então? - A imagem da mãe, pela qual seus filhos combatem tão furiosamente, olha amigavelmente para nós e, por nosso intermédio, também olha amigavelmente para os seus filhos.Dessa maneira o ódio mostra sua outra face - uma face amorosa." -

 Bert Hellinger











A ORDEM ENTRE O CASAL:
Pertence à ordem  básica na relação do casal,  que o homem e a mulher  "dêem"  e "recebam" de forma equilibrada - que haja um equilíbrio na relação entre o "dar" e o "receber".
Se um dos dois recebe mais do que dá, ele fica em dívida com o outro. Esta dívida pode crescer a tal ponto, que isso inviabilize uma compensação adequada. Aquele que fica em dívida pode acabar desmerecendo aquele que deu muito mais, na tentativa de negar o desnível de sua troca, ou pode simplesmente separar-se para fugir da compensação.
Se o desequilíbrio é causado por uma força maior, como invalidez ou desemprego, o reconhecimento do desequilíbrio e a gratidão, por parte de quem recebe, podem diminuir o desnível resultante.
Mas se a situação se prolonga, "quem dá mais", pode vir a tornar-se depressivo, perder a capacidade de dar, ou pode também, querer se separar.
Mas, ainda assim, aceitando conscientemente e com amor, aquilo que está em desequilíbrio, é possível, apesar de tudo, adotar soluções novas, que ajudam a ordenar e a reequilibrar o relacionamento.
Uma Constelação Familiar pode ajudar a desatar estes "nós" nos relacionamentos.







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